Na Estação da Luz eu tive uma visão. O Menino Jesus me estendia a mão. O peito aberto em cruz, Sagrado Coração. Jamais me recompus daquela aparição. Andou no Tietê, pisando a podridão. Chamei gente pra ver, ninguém deu atenção. Pregou para os ebós carentes de mulher, que mendigavam sós pela Praça da Sé. No Anhangabaú contou à multidão que os mortos de Perus um dia voltarão. Jamais me recompus daquela aparição. O peito aberto em cruz, Sagrado Coração.